O caminho do encontro com Jesus é o da prática sincera da lei de amor e caridade
Rogério Coelho
"(...) Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!
entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz
a vontade de Meu Pai que está nos Céus."
- Jesus (Mt., 7:21)
Escrevendo aos efésios, Paulo faz a seguinte conclamação: (ef., 5:14) "desperta tu que dormes! Levanta-te dentre os mortos e o Cristo te iluminará".
Naquele tempo, como hoje, existem inúmeras criaturas que não possuem "olhos de ver" nem "ouvidos de ouvir"; e passam pelas reencarnações malbaratando talentos e desperdiçando as oportunidades de crescimento espiritual. Não obstante, vivem cercadas de benesses de vária ordem, em arremansados de felicidades e... continuam "dormindo" assemelhando-se a mortos. Daí a enérgica expressão paulina concitando ao despertamento. Muitos, porém, acordam finalmente!... Mas não passam do "Senhor, Senhor!..." E isso não é suficiente...
Se é justo e razoável falar das concessões do Mais Alto a nosso favor, mais importante é começar a agir para merecer ainda maiores benesses dos Céus. A Parábola dos Talentos mostra que ao que mais tem, mais lhe será acrescentado...
Esclarece-nos o ínclito e singular Mestre Lionês[1]: "de nada servirá dizer: Senhor, Senhor! Se não seguimos os preceitos que Ele ensinou. Há que se despojar do orgulho, do egoísmo, da cupidez e de todas as paixões... Passar os dias em orações e não apresentar sinais de aprimoramento moral, e se a Caridade e a indulgência não estiverem envolvendo os atos, em vão resultará o despertamento.
Não esperais dobrar a Justiça do Senhor pela multiplicidade das vossas palavras e das vossas genuflexões. O caminho único que vos está aberto, para achardes graça perante Ele, é o da prática sincera da lei de amor e caridade.
O que estiver fora desse parâmetro assemelha-se à casa edificada na areia: o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão".
Aconselha Emmanuel[2]: "acordemos para a vida superior e levantemo-nos na execução das boas obras e o Senhor nos ajudará, para que possamos ajudar os outros".
E esclarece[3]: "o mundo é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais".
Não podemos permitir o estiolamento da oportunidade da elevação espiritual sob os vapores anestesiantes do êxtase improdutivo. Há que se atentar para a recomendação inserta em Lucas: (7:46) "e por que me chamais, Senhor, Senhor, e não fazeis o que eu digo?" ■
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