terça-feira, 3 de junho de 2014

PALESTRAS JUNHO 2014


HIPERTROFIA CONGENIAL DO EGO

 

A humildade é a fragrância da renúncia

Rogério Coelho

"É necessário que Ele cresça e que eu diminua".

-          João Batista  (Jo., 3:30.)

 

Nas leiras do serviço cristão o trabalhador de Jesus só poderá atender ao comando do Divino Administrador se praticar a abnegação da personalidade, vez que em todos os desdobramentos das tarefas nos campos sáfaros dos planetas inferiores essa diretriz é de vital importância.

Aduz Lázaro corroborando a frase de João Batista em epígrafe: "a lei de amor substitui a personalidade pela fusão dos seres". Ambos delineiam assim  um programa a todos os que pretendem dedicar-se à semeadura dos ensinamentos espíritas-cristãos nos corações humanos.

A exacerbação da personalidade, irmã do egoísmo tem levado ao fracasso a boa intenção de muitos tarefeiros do Bem, gerando exigências descabidas, polêmicas, discussões intempestivas, polarizando toda sorte de elementos perniciosos ao desenvolvimento dos alcandorados trabalhos de iluminação, carreando desassossegos de variegados matizes...

Frases bem construídas, apresentando deslumbrantes ornatos da forma fazem apenas belos oradores que lembram a "figueira estéril": buscando-se-lhes os frutos não apresentam nada além de estéreis folhagens.

Sem dúvida não estamos menosprezando a eficiência do verbo elegante e ao mesmo tempo esclarecedor; entretanto, se Jesus não crescer na vida do discípulo ao mesmo tempo em que se apaga a personalidade deste último, a atuação perderá o estímulo da exemplificação. Na feliz expressão do nobre Mentor Emmanuel, "as palavras convencem, mas, os exemplos arrastam". Os exemplos, portanto, devem constituir-se nos adubos alimentadores das palavras dando-lhes força e vitalidade.

A mais elevada e eficiente propaganda que podemos fazer dos princípios espíritas-cristãos é revelarmos o Senhor na própria experiência diária, apagando os vestígios de nossa personalidade.

Eis o alerta de Emmanuel[1]: "(...) Se realmente desejamos entender as claridades de nossa fé, lembremo-nos de que o Mestre precisa crescer em nossos atos, palavras e pensamentos, no convívio com todos os que nos cercam o coração."

Curemo-nos, pois, da hipertrofia congenial do "eu", essa mazela que tantas dores nos proporcionaram no transcorrer dos milênios conhecidos".

Os verdadeiros discípulos do Cristo serão conhecidos pela mútua estima e não pela exacerbação do "eu" em demanda da hipertrofia congenial.                                                     ■



[1] - XAVIER, F. Cândido. Vinha de Luz. 19.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2003, cap. 76.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Programação Janeiro 2014


EXTASE IMPRODUTIVO

 

O caminho do encontro com Jesus é o da prática sincera da lei de amor e caridade

Rogério Coelho

                                               "(...) Nem todo o que me diz: Senhor, Senhor!

                                                               entrará no Reino dos Céus, mas aquele que faz

                                                               a vontade  de  Meu  Pai  que  está  nos  Céus."

                                              - Jesus (Mt., 7:21)

 

            Escrevendo aos efésios, Paulo faz a seguinte conclamação: (ef., 5:14) "desperta  tu que dormes!  Levanta-te  dentre os mortos e o Cristo te iluminará".

            Naquele  tempo, como hoje,  existem  inúmeras criaturas que não possuem "olhos de ver" nem "ouvidos de  ouvir"; e passam  pelas reencarnações  malbaratando  talentos  e desperdiçando  as oportunidades de crescimento  espiritual. Não obstante,  vivem  cercadas  de  benesses  de  vária  ordem,   em arremansados   de   felicidades   e...  continuam  "dormindo" assemelhando-se  a  mortos.  Daí a  enérgica  expressão  paulina concitando ao despertamento. Muitos, porém, acordam finalmente!... Mas não passam do "Senhor, Senhor!..."  E isso não é suficiente...

            Se é justo e razoável falar das concessões do Mais  Alto a nosso favor, mais importante é começar a  agir  para merecer ainda maiores benesses dos Céus. A Parábola dos Talentos mostra que ao que mais tem, mais lhe será acrescentado...

            Esclarece-nos o ínclito e singular Mestre Lionês[1]:    "de nada servirá dizer: Senhor, Senhor!  Se não seguimos os preceitos que Ele ensinou.  Há que se despojar do orgulho, do egoísmo, da cupidez e de todas as paixões...  Passar os  dias  em  orações e não apresentar  sinais  de  aprimoramento moral, e se a Caridade e a indulgência não estiverem  envolvendo  os atos, em vão resultará o despertamento.

             Não  esperais  dobrar  a  Justiça  do Senhor  pela  multiplicidade  das vossas palavras  e  das  vossas genuflexões.  O caminho único que vos está aberto, para  achardes graça  perante  Ele,  é o da prática sincera da  lei  de  amor  e caridade.

             O  que estiver fora  desse  parâmetro assemelha-se à casa edificada na areia: o vento das renovações e o rio do progresso as arrastarão".

            Aconselha Emmanuel[2]: "acordemos  para  a  vida  superior  e levantemo-nos na execução das boas obras e o Senhor nos  ajudará, para que possamos ajudar os outros".

            E esclarece[3]: "o mundo é o caminho no qual a alma deve  provar a  experiência, testemunhar a  fé,  desenvolver  as tendências  superiores,  conhecer  o  bem,  aprender  o   melhor, enriquecer os dotes individuais".

            Não   podemos  permitir  o  estiolamento   da oportunidade da elevação espiritual sob os vapores  anestesiantes do êxtase improdutivo. Há que se atentar para a recomendação inserta em Lucas: (7:46) "e por que me chamais, Senhor, Senhor, e  não fazeis o que eu digo?"                                                                                                                  ■



[1] - KARDEC, Allan. O Evangelho Seg. o Espiritismo. 129.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2009, cap. XVIII, item 9.

[2] - XAVIER, F. Cândido. Fonte viva.  10.ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 1982, cap. 66.

[3] - XAVIER, F. Cândido. O consolador. 23. Ed. Rio [de Janeiro]: FEB, 2001, q. 403.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Confraternização de fim de ano CEAG

Durante o evento, além dos trabalhos apresentados, houve momentos de agradecimento e oração

O Centro Espírita Anjo Gabriel (CEAG) promoveu, em sua sede, no último sábado (23), um Lanche Solidário, com o objetivo de confraternizar com os trabalhadores e frequentadores da casa espírita.

Além de uma retrospectiva e apresentação dos trabalhos desenvolvidos durante o ano, houve orações, sorteio de brindes e servido um lanche.

Confira abaixo as fotos:























sábado, 5 de outubro de 2013

HOMENAGEM A KARDEC





Todo mês de outubro evoca doces lembranças para o espírita agradecido.
Foi em outubro de 1804, no dia 3, que Kardec ressurgiu para o mundo físico com o nome de Hippolyte Léon Denizard Rivail, conforme registro de batismo, em 15 de junho de 1805, na igreja de Saint-Denis de la Croix-Rousse, pertencente à diocese de Lyon, interior da França.
Viveu entre nós durante 64 anos e 6 meses.
Ao desencarnar, em 31 de março de 1869, Allan Kardec teve o seu corpo sepultado, em 2 de abril desse mesmo ano, no Cemitério Montmartre.1
Como fora do seu desejo, o féretro, em coche funerário de extrema simplicidade, estava cercado de amigos que oravam sob forte emoção.
Eram os membros da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas (SPEE) e simpatizantes. Ao todo, mais de 1200 pessoas.
Discursaram na ocasião o vice-presidente da SPEE, Sr. Levent, e logo após, o célebre astrônomo Camille Flammarion fez inesquecível preleção sobre a vida do Codificador, nos seguintes termos:
“Pela Revista Espírita e pela Sociedade de Paris, da qual era presidente, ele se havia, de certo modo, constituído em centro para onde tudo convergia, o traço de união de todos os investigadores.”
“Quantos corações foram consolados, de início, por esta crença religiosa! Quantas lágrimas foram enxutas! Quantas consciências abertas aos raios da beleza espiritual!”
“Allan Kardec era o que eu chamarei, simplesmente, ‘o bom senso encarnado’. Raciocínio reto e judicioso, aplicava, sem esquecer, à sua obra permanente, as indicações íntimas do senso comum.”
“Não há mais milagres. Assistimos a aurora de uma ciência desconhecida. Quem poderá prever a que consequências conduzirá, no mundo do pensamento, o estudo positivo desta psicologia nova?”
“A imortalidade é a luz da vida, como este Sol brilhante é a luz da Natureza.”
“Até logo, meu caro Allan Kardec, até logo.”
O Sr. Alexandre Delanne falaria depois, dizendo, entre outras coisas:
“Obrigado pela felicidade presente de que desfrutamos, pela felicidade futura que nos fizeste certeza, quando nós, como vós, tivermos entrado na grande pátria dos Espíritos.”
Em nome da sua família e dos amigos, ouviu-se a fala emocionada do Sr. E. Muller que, em certo instante, proclamou:
“Sob o esforço do seu pensamento tudo se transformava e engrandecia, aos raios de seu coração ardente; sob sua pena tudo se precisava e se cristalizava, por assim dizer, em frases de clareza deslumbrante.”
A direção da Revista Espírita, de maio de 1869, apresentou uma síntese biográfica de Allan Kardec, com algumas frases inesquecíveis:
“Trabalhador infatigável, sempre o primeiro e o último a postos, Allan Kardec sucumbiu a 31 de março de 1869.”
“Morreu como viveu: trabalhando.”
“Nele, como em todas as almas fortemente temperadas, a lâmina gastou a bainha.”
“O homem não existe mais. Mas Allan Kardec é imortal e sua lembrança, seus trabalhos, seu espírito, estarão sempre com os que sustentarem, alto e firme, a bandeira que ele sempre soube fazer respeitar.”
Nós, da Federação Espírita do Paraná – FEP, seremos incansáveis em homenageá-lo, em todos os outubros, pelo muito que devemos ao seu labor missionário e pela sua personalidade, que nos inspira sempre nos difíceis caminhos do Bem.
1. Posteriormente, os despojos de Allan Kardec foram transladados para o Cemitério Père-Lachaise, que conta com mais de 69.000 mausoléus, entre eles o do Codificador, que é, ainda hoje, o mais florido de todos.

HOMENAGEM  A  KARDEC


Amaral Ornellas

    
Trouxeste, Allan Kardec, à longa noite humana
O Cristo em nova luz – revivescida aurora!-
E onde estejas serás, eternidade afora,
A verdade sublime em que o mundo se irmana.

Em teu verbo solar, a justiça se ufana
De aclarar, consolando, o coração que chora,
A fé brilha, o bem salva, a estrada se aprimora
E a vida, além da morte, esplende soberana!...

Escuta a gratidão da Terra... Em toda parte,
A alma do povo freme e canta ao relembrar-te
A presença estelar e a serena vitória.

Gênio, serviste! Herói, exterminaste as trevas!...
Recebe com Jesus, na benção a que te elevas,
Nosso preito de amor nos tributos da Historia.


Francisco Cândido Xavier. Da obra: Doutrina e Vida.

PROGRAMAÇÃO DE OUTUBRO