quarta-feira, 20 de julho de 2011

A TERAPIA DO PERDÃO


A TERAPIA DO PERDÃO




Muitas enfermidades orgânicas e transtornos psicológicos
procedem dos sentimentos atribulados



Rogério Coelho



“(...) o perdão é medicamento valioso para curar as feridas da

alma e instalar áreas de bem-estar na mente e na emoção”.

Joanna de Ângelis (1)



A resposta (2) de Jesus a Simão Pedro acerca de quantas vezes devemos perdoar a quem nos ofendeu, estabelece que o perdão deve ser ministrado de forma incondicional e continuada.

“Psicoterapeuta por excelência” - diz Joanna de Ângelis (1) - “quando Ele lecionou o perdão indistinto, incondicional, constante, ensejou um dos mais formosos comportamentos responsáveis pela saúde e pela harmonia pessoal”.

“O ódio” – continua a Mentora Amiga (1) – tanto como o ressentimento, o medo, o ciúme e o remorso, afetam poderosamente o organismo, embora a sua procedência emocional.

As altas cargas vibratórias danosas que são atiradas pela mente no sistema nervoso central, irão afetar o aparelho circulatório com resultados negativos para o respiratório, ao tempo em que as glândulas endócrinas serão prejudicadas pelas energias captadas, encaminhando-as ao sistema imunológico que se desestrutura.

Grande número de enfermidades orgânicas e transtornos psicológicos procedem dos sentimentos atribulados.

(...) É imperioso, e mesmo urgente, o impositivo do perdão incondicional, de modo que a paz se estabeleça por definitivo na consciência humana.

Enquanto vicejam os sentimentos de desforço, de animosidade, de rebeldia em relação a pessoas ou acontecimentos perturbadores, também permanecem os distúrbios da emoção que afetam a saúde fisiológica e o comportamento”.

Sem a suave e regeneradora presença do perdão, as feridas d`alma permanecerão abertas, necrosadas, focos de infecção psicológica, impossibilitando todo e qualquer movimento de ascensão evolutiva.

Não foi sem motivo que na oração dominical Jesus estipulou a reciprocidade entre o perdão que oferecemos e o que alcançamos.

Todos nós, sem exceção, somos devedores da Lei, fraudadores contumazes dos dispositivos divinos que disciplinam a vida no orbe terrestre, portanto temos obrigação de nunca ‘atirar a primeira pedra’ e de jamais apontar dedo acusador.

A Doutrina Espírita, clareando os ensinos de Jesus, expõe que “fora da caridade não há salvação”. Assim, não podemos olvidar que o perdão não deixa de ser uma caridade moral. Com ele assinamos a nossa carta de alforria da prisão das excruciantes dores regenerativas.

Exora ainda a nobre Mentora Joanna de Ângelis (1):

“(...) Perdoa todos quantos te ofendem, sem manter qualquer tipo de ressentimento em relação ao mal que pensaram fazer-te.

Se considerares a agressão que te foi dirigida como uma experiência de que necessitavas para evoluir permanecerás invulnerável às suas sórdidas consequências. Todavia se te permitires intoxicar pelas vibrações que dela decorrem ficarás vinculado àquele que prefere afligir-te ante a impossibilidade que sente de amar-te.

Perdoa sempre porque os maus e infelizes quando detestam e malsinam o seu próximo não sabem o que estão fazendo. Volverão hoje ou mais tarde pelos caminhos ora percorridos recolhendo os cardos da sua loucu¬ra e perversidade que se lhes cravarão nas carnes da alma convidando-os ao ressarcimento... O odiento perdeu o endereço da vida e desgarrou-se da esperança jornadeando sem rumo e em desolação”.

Sigamos a poética sugestão de Auta de Souza, quando inspiradamente diz:

“Seja o perdão o apoio a que te arrimes

E desabrocharás em dons sublimes

Como a terra insultada ri-se em flores”.

(1)- FRANCO, Divaldo. Libertação pelo amor. 3.ed.Salvador: LEAL, 2005, cap. 9.

(2)- Mateus, 18:22.




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